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Carlos Eduardo Franciscato é presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) desde 2007. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe, Nesta entrevista, o presidente da SBPJor fala sobre as expectativas para o 7º Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo, que será realizado de 25 a 27 de novembro, em São Paulo.
1. Qual a importância de realizar o Encontro da SBPJor em uma instituição como a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo?
A ECA-USP tem sido uma das instituições de ensino brasileiras com papel relevante na formação de jornalistas e no desenvolvimento do pensamento sobre jornalismo. Sua contribuição está inserida na história dos estudos em jornalismo, e o fato de o Departamento de Jornalismo ter completado 40 anos de criação é uma confirmação desta trajetória. Isto já seria um motivo suficiente para a SBPJor realizar uma parceria com a USP para organizar nosso encontro. Mas temos que lembrar também que a pós-graduação da ECA-USP tem mais de 30 anos de existência, e foi uma das responsáveis pela expansão e consolidação do campo científico da Comunicação no Brasil. E jornalismo sempre foi um objeto privilegiado de ensino e pesquisa na ECA-USP. Então, o congresso da SBPJor se torna um momento para dar continuidade a esta tradição.
2. O que os congressistas podem esperar deste encontro que já é recordista em número de artigos submetidos para avaliação?
A SBPJor tem um compromisso com o campo do jornalismo de estimular o seu desenvolvimento científico, e uma dessas formas é possibilitar o encontro e a interação entre os pesquisadores. Em nossos congressos, encontro e interação significam um esforço da comunidade em construir parcerias de pesquisa, formar grupos, sinalizar para a constituição de redes de pesquisa. São estes modos de trabalho coletivo que sedimentam um campo científico, um movimento em direção à formação de um pensamento denso e rigoroso sobre o jornalismo.
Este congresso teve o maior número de trabalhos enviados para avaliação em relação às seis edições anteriores. Isto já sinaliza que a nossa comunidade está produzindo pesquisa, está querendo interagir, está buscando construir bases sólidas. E que o congresso será a convergência desta produção.
3. O tema do congresso deste ano é “A pesquisa em Jornalismo em um mundo em transformação”. Em 2008, o Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP completou 40 anos. Como estas duas questões se relacionam?
Quando pensamos esta temática central, consideramos oportuno que o evento se realize em uma instituição que é referência internacional para a ciência. A internacionalização das pesquisas brasileiras é uma etapa estratégica do desenvolvimento de nossa comunidade científica, por isso temos que aumentar nossos contatos e modos de interação com outras comunidades científicas de estudos em jornalismo, assim como produzir pesquisa cada vez com maior qualidade. Entendemos que o tema do congresso é desafiador, pois ele vai nos estimular a ter um olhar transacional para as pesquisas em jornalismo, propondo pensar sobre a diversidade: de metodologias, de quadros teóricos, de contextos, fenômenos e profundas transformações, algumas de escala global.
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