Pesquisa investiga perfil do jornalista brasileiro, em 2021

Você que é jornalista está convidado e convidada a participar, entre o final de abril e começo de junho, da pesquisa “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021: características sociodemográficas, políticas, de saúde e do trabalho”, um estudo que pretende atualizar o levantamento de 2012, que foi o mais amplo já feito no país sobre o perfil da profissão. Trata-se de um trabalho coletivo da Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (RETIJ), vinculada à Associação Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR). A organização será dos Programas de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR) e Sociologia e Ciência Política (PPGSP), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os dados da pesquisa de 2012 detalham características demográficas, políticas e de trabalho dos três segmentos principais da categoria: na mídia, fora da mídia e em docência. Portanto, se você se encaixa em qualquer uma das três categorias, suas respostas podem nos ajudar muito. Para fins comparativos, boa parte do questionário de pesquisa será mantido, mas podem haver mudanças e a inclusão de novos blocos de questões.

A primeira pesquisa foi respondida por 2.731 jornalistas, de todas as Unidades da Federação (estudo por amostragem, com 95% de grau de confiança e margem de erro inferior a 2%). Pudemos observar diversas constatações importantes sobre quem é o jornalista brasileiro, ou melhor, a jornalista brasileira, já que as mulheres são 64% da categoria. Também observamos que apesar da predominância feminina, os homens ainda são a maioria entre os cargos de chefia, e que uma maioria absoluta da categoria, 98%, tem formação superior, entre os quais 91,7% são graduados na área.

Outros achados valiosos obtidos através das respostas que os jornalistas brasileiros deram foram sobre as áreas de atuação e o nível de sindicalização da categoria. Dentre os jornalistas, 55% atuavam em mídia (veículos de comunicação, produtoras de conteúdo etc.), 40% atuavam fora da mídia, em atividades de assessoria de imprensa, por exemplo, e 5% trabalhavam predominantemente como professores e apenas 25% da categoria eram filiados a sindicatos.

Além de atualizar esses dados, que têm sido úteis nestes últimos anos a pesquisadores e pesquisadoras do campo de conhecimento do Jornalismo, o estudo atual pretende ir além. O objetivo é contribuir com, pelo menos, três novos temas de enorme importância para a categoria profissional: a precarização do trabalho jornalístico; as condições de saúde laboral; os efeitos das inovações tecnológicas nos saberes e fazeres da profissão.

O estudo de 2021 conta com o apoio institucional das seguintes entidades: Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Profissão Jornalista (APJor), Associação Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR) e Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ). Conta ainda com o apoio, na divulgação e mobilização da rede de respondentes, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM).

 

Fonte: Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (RETIJ)

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