Entrevista – Carlos Franciscato

[lang_pt]Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria e com vários anos de experiência na imprensa gaúcha e de Santa Catarina, Carlos Franciscato é professor da Universidade Federal de Sergipe. Mestre e Doutor em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia, fez estudos com Daniel Hallin na Universidade da Califórnia, em San Diego. Nesta entrevista, Franciscato, coordenador local do V SBPJor, fala dos preparativos para o Encontro e do significado do congresso para a consolidação da pesquisa e a criação de uma pós-graduação que contemple as demandas dos pesquisadores do campo em Sergipe. SBPJor Notícias – No momento como estão os preparativos para o V SBPJor? Carlos Franciscato – Elaboramos um cronograma interno de trabalho para 2007 e percebemos que todas as tarefas estão sendo encaminhadas no momento correto. Fizemos contatos na UFS e, fora dela, conseguimos um importante apoio do Governo do Estado. Já temos mapeados parceiros locais que acreditamos irão se juntar à proposta. A busca desses apoios será nossa prioridade nos meses de março e abril. Iniciamos também contato com agências de turismo para definir uma empresa oficial do congresso, o que será feito após analisarmos as propostas de pacotes aéreos e de hospedagem. SN – O Campus da UFS está confirmado como lugar do congresso? CF – Sim. Já tivemos audiência com o reitor e ele disponibilizou as datas de 15 a 17 de novembro para o encontro, de quinta-feira a sábado. Optamos por realizá-lo num feriado prolongado para facilitar o deslocamento dos pesquisadores e a interrupção de algumas atividades didáticas na UFS. SN – O que representa para a UFS receber um evento como este? CF – Nossa Universidade possui um claro e arrojado projeto de crescimento na graduação e na pós-graduação. A Reitoria está consciente da importância do congresso da SBPJor, de que este é também um momento para qualificar a instituição a ingressar na pós-graduação na área. Temos realizado encontros nacionais e internacionais em comunicação, mas o evento da SBPJor auxilia a reforçar particularmente a pesquisa em jornalismo. SN – Quais medidas serão tomadas para aperfeiçoar os trabalhos? CF – A estrutura geral do congresso é boa. Estamos discutindo com a diretoria da SBPJor mecanismos para aumentar a participação do público nas sessões de comunicações individuais, evitando a dispersão dos presentes em muitas sessões simultâneas e ampliando a interação entre os pesquisadores. Consideramos também que o congresso deve contribuir para articular grupos de pesquisa em jornalismo no Nordeste, o que pretendemos iniciar com a divulgação intensa do congresso junto às universidades nordestinas. SN – Em que situação se encontra a pesquisa no campo em Sergipe? CF – Temos duas áreas principais de pesquisa em jornalismo: processos e produtos jornalísticos e fundamentos sócio-históricos do jornalismo. Entendemos que a pesquisa em jornalismo deve ter uma ênfase tanto descritiva quanto experimental, a investigação e a elaboração conceitual aliadas ao desenvolvimento de novas formas de fazer jornalismo. Com esta perspectiva, temos conseguido aprovar projetos nos editais do CNPq e consolidar um grupo de pesquisa na Universidade. Nossa meta é transformar esta concepção em um programa de pós-graduação. SN – Existe a possibilidade de criação de uma pós-graduação na UFS? CF – Encaminhamos à CAPES em 2005 um projeto de mestrado profissional, com área de concentração em Jornalismo. No final do ano passado, recebemos uma comissão de avaliação e tivemos dois dias de intensas e ricas discussões sobre a concepção de mestrado profissional e a pesquisa em jornalismo. Admitimos que o projeto continha problemas, o que dificultou a sua aprovação. Vamos utilizar este ano para reformular a proposta, se mestrado profissional ou acadêmico, e ingressar novamente na CAPES no final do ano.[/lang_pt]